Nas redes sociais se "fala" de tudo. Sabendo disto, muitos políticos viram nesta, uma oportunidade para se mostrarem para a coletividade. Cada um aderiu às redes de sua forma. Enquanto uns entraram como pessoas comuns, revelando parte de sua intimidade e interagindo com os demais sobre todos os assuntos, outros fizeram das redes um outdoor para suas "realizações".
Dentre os primeiros, aqueles que resolveram interagir, podemos perceber alguns padrões de comportamento. Vamos a eles:
1) Políticos do rabo preso: São aqueles que estão comprometidos com a situação. Forma a base de sustenção do governo ou prefeito e pregam que tudo que está errado é culpa da administração anterior do partido contrário. Não discordam de nada do seu "patrão" atual, independemente de as ações deste serem boas ou ruins. Por causa disto, geralmente ficam na maior saia justa quanto são questionados por outros internautas sobre determinado assunto ou sobre a justificativa de um determinado voto. Acabam não respondendo e se complicando ao tentar justificar o injustificável.
2) Políticos do mal: São os políticos da oposição. Na verdade não são "do mal" ao pé da letra, mas a sua condição de oposição os fazem semear o ódio à situação a qualquer preço. Para estes, tudo está errado, e aquilo que seu adversário político fizer para tentar melhorar será sempre criticado. Não há obra, não há medida, não há ação que preste. Para os políticos do mal, se a cidade ou estado tem problema, a culpa é exclusivamente do administrador atual. Estranhamente, acham que quando seu partido era situação tudo era maravilha. Por um certo momento, se tornam ídolos das redes sociais por engrossar as vozes dos cidadãos mais críticos.
3) Políticos de campanha: São os politicos que estão sempre pensando nas próximas eleições. Ninguém ouve falar deles durante o mandato, mas se tornam super ativos em época de eleição. Estes ficaram muito evidentes nas eleições de 2010: vários apareceram nas redes sociais cheios de promessas quando faltavam três meses para as eleições e, da mesma forma que fazem durante seus mandatos, desapareceram das redes no dias seguinte à eleição.
4) Políticos outdoor: Sabem aqueles usuários de redes sociais que postam "estou no banho", "comendo", "vou dormir", "acordei"? Pois é, tem alguns políticos agem de forma parecida, fazendo de sua conta um verdadeiro outdoor. Mas neste caso, os posts são "palestra na escola X", "sessão plenária", "na homenagem a Fulano de Tal". Estes não apresentam propostas, não emitem opiniões e fingem não ler os questionamentos dos demais cidadãos. Muitas vezes, nem são os próprios usuários de suas contas nas redes sociais, deixando suas postagem para assessores.
Mas na política nas redes sociais, não são apenas os politicos que chamam atenção. Tem também os cidadãos comuns que, se não fazem política, estão o tempo todo de olho no cenário político. Uns assumem claras posições, outros ficam na reta-guarda, mas quatro comportamentos se evidenciam. São eles:
1) Cidadão puxa-saco: Este se parece com político do rabo preso. Tem afinidade (leia-se $$) com a situação e só posta maravilhas do administrador estadual ou municipal ao qual está ligado. Para estes parece que é Deus no Céu e seu politico na Terra.
2) Cidadão revolucionário: Este está revoltado com tudo. Para estes todos são suspeitos até que se prove ao contrário. Toda ação do governante tem segundas intenções e será criticada até a morte. Elogiar? Jamais! Pois, como dizem alguns, "Bom mandato é obrigação e criticar é a solução. Viva a revolução!"
3) Cidadão independente: Este não tem rabo preso com ninguém. Critica o que acha errado e elogia o que acha certo, podendo inclusive elogiar e criticar ações do mesmo político. Esse comportamento é raro, pois a maioria acaba por escolher um lado.
4) Cidadão "só na moita": Este é o que se finge de morto e fica só na sua. Sabe de todos os assuntos, acompanha todos os debates, mas não entra na discussão ou só de vez enquando. Fica só na espreita e tira suas próprias conclusões, não fazendo questão de compartilhá-las.
Estes são os tipos de políticos e de cidadãos politizados das redes sociais. Se você é um cidadão comum, politizado, espero que seja o independente ou o "só na moita", porque, infelizmente, de puxa-saco e revolucionário a rede já está cheia.
Agora se você é político, certamente se identifica com algum dos quatro tipos (ou com mais de um dos quatro). Não tem jeito: ou é do rabo-preso, ou é do mal, ou é de campanha ou outdoor. Gostaria que existisse um quinto tipo de político das redes sociais: aquele independente, que se preocupa com o povo e não com as próximas eleições, que opina de acordo com o que acha certo ou errado e não de acordo com o que seu grupo político manda. Infelizmente, este quinto tipo de político ainda é só teoria porque um representante deste grupo ainda não apareceu, ainda não nasceu ou não teve ajuda para ser eleito.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
O Festival, orgulho de um povo
Estamos na véspera de mais um Festival Folclórico de Parintins. Nesta época, os bois-bumbás dominam todas as rodas de conversa e todos os barcos têm como destino a ilha de tupinambarana. No festival, os amazônidas têm a oportunidade de passar alguns dias vivenciando sua manifestação cultural mais expressiva. Cada um torce para seu boi, cantando toadas, dançando boi-bumbá e assistindo a um espetáculo que conta rituais indígenas e lendas do folclore regional. Uma festa de raiz, criada aqui e que só existe aqui.
É nesta época também que o noticiário nacional passa a reservar alguns segundos de atenção ao Amazonas para mencionar a existência de um festival grandioso no meio da floresta: a disputa os bois Garantido e Caprichoso. É momento em que a Amazônia ganha destaque nacional por um evento cultural, e não por causa de desmatamento, cheia de rios, pesca ilegal ou matança de animais ameaçados de extinção. Com a transmissão pela TV, em rede nacional, o Amazonas mostra, para o Brasil, termos pouco conhecidos fora do estado como cunhã-poranga, tuchauas, vaqueirada, pajé, tribos, etc.
É nesta época também que o noticiário nacional passa a reservar alguns segundos de atenção ao Amazonas para mencionar a existência de um festival grandioso no meio da floresta: a disputa os bois Garantido e Caprichoso. É momento em que a Amazônia ganha destaque nacional por um evento cultural, e não por causa de desmatamento, cheia de rios, pesca ilegal ou matança de animais ameaçados de extinção. Com a transmissão pela TV, em rede nacional, o Amazonas mostra, para o Brasil, termos pouco conhecidos fora do estado como cunhã-poranga, tuchauas, vaqueirada, pajé, tribos, etc.
O festival mostra as origens da cultura regional e revela sua grande influência indígena. Curiosamente, o festival acaba reforçando externamente o esteriótipo de uma Amazônia como um local cheio de mato, rios e índios, já que o enredo da festa ressalta tal característica. Logicamente que este esteriótipo é muito fruto da ignorância do Brasil em relação ao norte do país do que da realidade em si, mas o festival acaba reforçando isso. Aí, de vez em quando, nos surpreendemos com pessoas comuns, e até famosas, cometendo gafes ao comentar sobre o Amazonas, associando-o única e exclusivamente à floresta, terra de índio. Coisa que irrita profundamente os que aqui residem.
No fim das contas, em vez de reclamar, xingar ou se irritar com tais comentários, deveríamos era rir bastante disso. Rir da ignorância alheia. Terra de índio? Sim, pois o sangue indígena corre nas veias da população. A cultura amazonense tem origem indígena e deve(ría)mos nos orgulhar muito disso. O Festival de Parintins está aí, mostrando e valorizando essa cultura que é única. É amazonense! É nossa!
domingo, 19 de junho de 2011
Todos sabemos!
Todos sabemos que o pedestre deve atravessar na passarela, mas vai referir preferir cruzar a via.
Todos sabemos que os políticos prometem o que não podem (ou não irão) cumprir, mas continuamos votando neles.
Todos sabemos que podemos fazer hoje, mas vamos sempre deixar pro final do prazo e ter mais trabalho.
Todos sabemos que existe a lei das filas, mas também sabemos que ela não será cumprida. E também sabemos que não iremos reclamar.
Todos sabemos que existem vagas reservadas para deficientes, mas sabemos que ela sempre estará ocupada por alguém saudável.
Todos sabemos que lugar de lixo é no lixo, mas, se a lixeira estiver longe, é pro chão que irá mesmo.
Todos sabemos que o fumo e a bebida faz mal à saúde, mas seu consumo continuará sendo incentivado.
Todos sabemos que, no próximo feriado, a população vai pegar a estrada, e também sabemos que o número de acidentes fatais irá aumentar.
Todos sabemos que, na próxima Semana Santa, o preço do peixe vai aumentar, mas o seu consumo também.
Todos sabemos que, no próximo Natal, você vai comprar presentes, participar de amigos secretos, confraternizações, comer piru e desejar Feliz Natal a todos.
Todos sabemos que Galvão Bueno vai encher o saco, mas continuaremos assistindo o jogo na Globo.
Todos sabemos que, quando o Brasil perde, a culpa será sempre do técnico.
Todos sabemos que, se fizer sol, reclamaremos do calor, e se chover, ficaremos com preguiça de sair de casa.
Todos sabemos que, se um livro é bom, sua versão em filme não será tão boa. Mas você vai assistir do mesmo jeito.
Todos sabemos que o estudante tem direito à meia-entrada, mas este tipo de ingresso será o primeiro a se esgotar.
Todos sabemos que o assassino da novela só será revelado no último capítulo.
Todos sabemos que prefeito atual vai pôr a culpa na gestão passada.
Todos sabemos que a comida mais gostosa, geralmente não é a mais saudável.
Todos sabemos que a luz vai faltar exatamente não hora do programa de TV predileto.
Todos sabemos que os preços vão subir, mas sempre acharemos que o aumento é abusivo.
Todos sabemos que o salário vai aumentar, mas sempre acharemos que o aumento foi pouco.
Todos sabemos que todos os vão comprar o aparelho mais moderno logo no seu lançamento, mesmo sabendo que estará mais barato depois de seis meses.
Todos sabemos que o que foi dito acima é verdade, mas sempre terá alguém para discordar.
Todos sabemos que, se você gostou, vai continuar o texto.
Mãos à obra!
sábado, 21 de maio de 2011
Amazonas para o Mundo Ver
Em março de 2011, um vídeo gravado há mais ano mostra integrante da Banda Restart dizendo que gostaria de tocar no Amazonas, pois deveria ser "legal" tocar no meio do mato e que não sabia se tinha civilização. Em maio de 2011, integrante da banda McFly, afirma que shows no Brasil em 2009 foram inesquecíveis, principalmente por tocar no Amazonas, pois antes não sabia que existia uma cidade de verdade na floresta.
Nos dois casos, a repercussão foi negativa entre os amazonenses. Uns xingaram, outros se indignaram. Uns acharam falta de respeito, outros pregaram ódio a ambas as bandas. Em resumo, a reação com sentimento de revolta foi grande. Para mim, uma reação descabida e explico por que.
Nos dois casos, a repercussão foi negativa entre os amazonenses. Uns xingaram, outros se indignaram. Uns acharam falta de respeito, outros pregaram ódio a ambas as bandas. Em resumo, a reação com sentimento de revolta foi grande. Para mim, uma reação descabida e explico por que.
Os comentários citados acima não revelaram nenhuma falta de respeito. A não ser que desconhecimento agora seja considerado falta de respeito. Ficou muito claro que os indivíduos mencionados nunca botaram os pés neste chão e que tudo que sabem sobre o norte do país é a existência da floresta amazônica. Pura ignorância sobre a realidade desta região.
Esta situação de desconhecimento não é exclusiva destes “artistas”. Nordestinos, sulistas, paulistas e cariocas, ... enfim, todo o Brasil conhece muito pouco daqui. Pouco se fala daqui, pouco se ouve algo daqui. Isso é (ou deveria ser) muito mais preocupante para quem vive no Amazonas do que esses comentários que são conseqüência direta desta situação.
Se você liga a TV em Manaus, em um dia qualquer, certamente verá notícias “nacionais” como um traficante morto no Rio de Janeiro, um carteiro que encontrou e devolveu uma carteira cheia de dinheiro em Nova Iguaçu, um congestionamento enorme em São Paulo, greve de motoristas de ônibus em Campinas... Tudo isso será notícia aqui, porém, quando o mesmo evento ocorre aqui (e sabemos que ocorre), dificilmente será notícia lá “no Brasil”. Um novo funk que vira moda no Rio de Janeiro vai para o Faustão no domingo e na segunda já toca nas rádios locais. Enquanto isso, o novo CD do Garantido ou do Caprichoso busca espaço nas rádios locais e luta para ficar conhecido aqui. Ficar conhecido lá fora? Difícil. Uma peça no Teatro Amazonas com atores “globais” sempre lota (mesmo sem o público conhecer o roteiro), já o festival de Teatro do Amazonas, que ocorre todos os anos, sempre tem assentos livres (mesmo com entrada franca). Notícias do Amazonas lá fora? Somente fatos extraordinários como uma matança de indiscriminada de botos, desmatamento recorde da floresta, erro médico em hospital público, cheia dos rios, seca recorde ou festival de Parintins (uma vez por ano).
Essa situação tem duas explicações. Uma delas é o isolamento: longe dos grandes centros, é natural que tenhamos menos visibilidade e olhemos muito para lá. É normal, mas poderia ser algo superável. A outra explicação é o que pouco se faz para valorizar e mostrar o Amazonas para o mundo. Engolimos tudo o que vem de fora e pouco valorizamos e divulgamos o que é nosso. Daqui para fora, só divulgamos a imagem de “pulmão do mundo”. E o resto? Divulguemos mais o boi-bumbá, divulguemos mais a Zona Franca, o Festival de Ópera, o futebol local, o encontro da águas, os cantores regionais, as peças teatrais locais, as festas nas cidades do interior, os pontos turísticos, o ecoturismo, divulguemos o que é nosso.
Sem essa mudança de postura, o Amazonas continuará a ser desconhecido. Outros artistas ignorantes cometerão novas gafes. Continuarão a pensar que somos apenas uma floresta, onde somente há água, animais e índios.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Manaus Desperdiçando Oportunidades
Em 2007, Manaus lançou candidatura a sub-sede da Copa do Mundo. Pela realidade que conhecia da cidade na época, já que nela morava havia três anos, logo achei que não teríamos chance. Mas os fatos foram se sucedendo e já em 2008 ficava muito claro que os interesses políticos por um sede amazônica levaria Manaus a ser a escolhida. E foi o que o se confirmou em maio de 2009.
Ainda em 2008, foi apresentado o projeto do estádio da cidade para a Copa. Um novo estádio, belíssimo, que iria substituir o velho Vivaldão. Mais que o requinte do projeto, chamou logo a atenção o custo da obra. E mais preocupante ainda: o que fazer com o estádio depois da Copa, já que o futebol local não é dos mais rentáveis.
Apesar do custo com o provável elefante branco, a escolha de Manaus tinha mais prós do que contras. Os investimentos a serem feitos numa cidade de Copa de Mundo me fazia imaginar uma nova cidade: ruas e avenidas com asfalto de primeira qualidade e bem sinalizadas, transporte coletivo eficiente, ampliação da rede hoteleira, reforma completa do aeroporto, revitalização do centro da cidade, melhorias nos sistema de comunicação de telefonia e internet, novas oportunidades de negócio e uma polícia mais presente e bem equipada. Doce ilusão!
Passados dois anos da confirmação da candidatura, a realidade agora em 2011 é bem diferente. De tudo aquilo que se esperava, quase nada mudou. A única coisa que parece estar bem encaminhada é a obra do estádio, justamente o que trará o menor benefício para a população. O mais importante não saiu do papel, e o que começou, ou parece que vai sair, está atrasado ou enfrentando problemas de irregularidade.
Vejamos o projeto de mobilidade urbana. O projeto do monotrilho foi questionado pelo TCE e pelo MPE e, mesmo irregular, o governo insiste em dar andamento. Vai terminar mal. Já o BRT, pouco se ouve falar. A questão do aeroporto é uma das mais preocupantes. Já não é de hoje e não é novidade que tanto o terminal de passageiros quanto de cargas estão sobrecarregados. E essa carga só tende a aumentar até a Copa. Mesmo assim, já foi anunciado que a reforma completa não será concluída a tempo para o mundial de futebol. Já no centro da cidade, que há anos sofre com abandono e desorganização, nem sinal de mudança. A população que o freqüenta diariamente já se acostumou com ambulantes nas calçadas, muita sujeira, estacionamentos irregulares, pedintes e moradores de rua. Para piorar, o projeto de construção de um camelódromo para tirar os ambulantes das ruas, após ter a obra embargada, agora sofreu um duro golpe com a desistência dos investidores devido ao descrédito em que caiu o projeto. Já os sistemas de comunicação tiveram um pequeno avanço, mas tanto a telefonia quanto a internet, a três anos da copa, ainda são insatisfatórias.
Diante dessa realidade, Manaus está prestes a desperdiçar uma oportunidade que talvez seja única em sua história de mudar a cara da cidade. Porém, o tempo vai passando e aquele sonho de uma nova cidade vai se acabando. Agora, já passa a ser questionável se sediar quatro ou cinco jogos de uma Copa do Mundo realmente será bom para Manaus. O custo é alto e o retorno já não sabemos se virá.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O Perigo das Redes Sociais
As redes sociais se tornaram, nos últimos anos, a grande atração da Internet. Antes usadas apenas por pessoas comuns, não demorou muito para que cada vez mais pessoas comuns, celebridades e até empresas entrassem na onda. Os motivos que levam tanta gente às redes sociais são muitos: manter contato com amigos, fazer novas amizades, compartilhar idéias e arquivos, divulgar informações estão entre algumas deles. Em resumo, para muitos uma forma de diversão. Para outros, uma oportunidade de negócio.
No entanto, ao usar uma rede social, é preciso ter cuidado com o que se deve “socializar”. Em outras palavras, colocar na rede mundial de computadores certas informações pode ser extremamente perigoso, seja a sua imagem ou a sua segurança, ou até mesmo a pessoas que estão a seu redor. Todos nós temos idéias, comportamentos e desejos que expressamos em determinados ambientes, mas não em todos. Por exemplo, você conversa com sua bisavó os mesmos assuntos que conversa numa mesa de bar? Usa as mesmas palavras ao conversar com seu cliente e com seus amigos? Lembre-se que, na Internet, possivelmente bisavós, clientes, amigos poderão estar vendo o que você diz e, principalmente, o que você disse no seu passado. Muita gente coloca na rede informações com a ilusão de apenas seus seguidores ou amigos virtuais irão ver e comentar. Esquecem completamente que a informação estará lá, possivelmente, visível a todo tipo de público por muitos e muitos anos.
Você já parou para pensar se o que você escreve no Orkut, Twitter, Facebook, ou em outra rede social, é apropriado para ser lido por seu chefe, sua namorada, seu vizinho ou seus familiares? Será que suas mensagens em horário de trabalho serão bem aceitas por seu cliente no momento de apresentar os resultados? E pelo chefe, no momento de explicar o atraso em algumas atividades não concluídas? Será que aquela foto “bebaço” no seu perfil em uma rede social combina com sua condição de pessoa pública (professor, político, cantor)? E aquele seu comentário desrespeitoso a respeito de um comportamento que é praticado por um colega de trabalho? As vezes até uma brincadeira pode ser levada muito a sério, virar até caso de polícia.
É cada vez mais comum as grandes empresas vasculharem os perfis de candidatos antes de fecharem uma contratação. Algumas até demitem funcionários devido a comportamento “inadequados” para o perfil de sua empresa. Bandidos também costumam aproveitar a superexposição dos internautas para descobrirem informações da próxima vítima. Torna-se muito fácil para estes obter o endereço residencial, o local de trabalho, a escola em que estuda, os locais e horários freqüentados, o nível social, etc. As vezes, até um inimigo pode se aproveitar para investigá-lo e usar suas próprias informações contra você.
Atualmente, as redes sociais, com o crescente aumento de seus usuários, não podem ser vistas apenas como diversão. Agora são como um cartão de visita seu para o mundo. Cuidado com o que você escreve. Não divulgue informações que deveriam ser privativas suas ou de seus amigos. Cuide da sua imagem, pois, se construí-la pode ser demorado, pequenos deslizem na Internet podem destruí-la rapidamente. Não facilite a vida dos bandidos expondo-se demais. Meça suas palavras e não escreva aquilo que você não gostaria que fosse lido por qualquer pessoa. As redes sociais vieram para ficar. Com pequenos cuidados, você poderá aproveitar, sem “dores de cabeça”, somente o melhor que elas podem oferecer.
Assinar:
Postagens (Atom)