Dominar a Língua Portuguesa é um dos passos mais básicos para ser bem sucedido social e profissionalmente. É algo tão importante que seu ensino começa desde as primeiras séries e acompanha o estudante por toda sua vida escolar. São inegáveis os benefícios que proporciona àqueles que conseguem falar e escrever corretamente, no entanto, o que dificulta seu aprendizado e, consequentemente, ser uso correto, é justamente o fato de não ser um idioma dos mais fáceis (para muitos é uma verdadeira "tortura"). Então, se você tem vontade, mas sofre com o danado o Português, o que pode ser feito para melhorar seu domínio?
Uma resposta bem pragmática seria: estudar. "Óóóóhhhhh, não me diga?", você deve ter pensado. Estas respostas óbvias assim pouco ajudam. O que interessa mesmo é: como estudar? Ou melhor, como aprender? Aí vão algumas dicas e um segredão.
Dica 1: Estudar a teoria. Não há como fugir disso. Antes de mais nada, é preciso conhecer as regras gramaticais. Entender os conceitos é o começo de tudo.
Dica 2: Ler bastante. Isto permite observar a teoria sendo usada na prática e possibilita aumentar o vocabulário, além de ajudar a conhecer as formas de expressão voltadas para públicos específicos. Mas cuidado com o que se lê. A fonte é fundamental. Ler textos mal escritos pode fazer com que os erros comuns sejam absorvidos. Logo, escolha bem os textos e cuidado com fontes de leitura excessivamente informais, como as redes sociais.
Dica 3: Praticar. Aqui entra a prática tanto da teoria escrita quanto da falada. Dizem que a melhor forma de aprender qualquer coisa é praticar. Você sabe muito bem disso. Logo tornar o Português parte de sua rotina é um bom caminho. Isto é, comece a tentar falar sempre corretamente e um pouco mais formalmente. Troque as gírias, as metáforas e expressões coloquiais por termos mais "gramaticalmente corretos". Não precisa ser tão "Caxias" e abandoná-las completamente (relaxe), mas faça como um investimento em você. Que tal fazer isso num chat ou numa rede social? Quem pratica, aprende mais fácil.
Dadas as dicas, aí vem o segredão. Algo que parece ser o mais difícil ou, para muitos, loucura deste que vos escreve. Não tenha vergonha de errar. Isto é, não troque expressões em que você tem dúvidas na aplicação por termos fáceis, só porque tem medo de cometer um erro.
Por exemplo, se na frase "Fulano teve uma grande _____ de popularidade", você tem dúvida entre "perda" e "perca", não invente de mudar a frase para "Fulano teve uma grande queda de popularidade". Esse comodismo só atrapalha o aprendizado. Se tiver falando, use a forma que achar correta. Se estiver escrevendo (e se o tempo permitir), gaste tempo pesquisando a forma correta e use-a. Se, por acaso, errar e alguém corrigi-lo, não se envergonhe, pelo contrário, agradeça-o pela correção e pela oportunidade que lhe deu de aprender a forma correta. Você consegue ser humilde a este ponto?
Esta questão da humildade e de mexer com o ego das pessoas, aliás, é um dos fatores que mais atrapalham aprender qualquer coisa. A sociedade tem sua parcela de culpa por constantemente ridicularizar os erros alheios, ao invés de incentivar sua correção, como também muita gente deixa de corrigir erros de outros (deixando, portanto, de ajudá-lo a aprender) para não magoá-los ou não passar a imagem de que quer ser o "intelectual". Mas isso é tema para outro artigo. Aqui, mais valem as reflexões de que "é errando que se aprende" ou "erre agora para acertar sempre". Muita gente deixa de "fazer", deixa de "usar", deixa de "praticar", deixa de "melhorar" por vergonha de ter seus erros apontados.
Não tenha vergonha de errar, como eu também não tenho. Por exemplo, este texto deve estar cheio de erros gramaticais (concordância, regência, acentuação, pontuação, etc.). Então, comece um bom exercício apontando os erros deste texto. Você estará praticando ao mesmo que tempo que estará me ajudando a aprender mais e melhor.
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