Mudança. A vida pede mudança.
A mudança muitas vezes não é bem assimilada e, muitas vezes, não é desejada. Após uma longa batalha, nosso sonho é parar e ficar nessa inércia deliciosa, curtindo a vitória alcançada ou desistindo de lutar após um revés. Tendemos instintivamente a buscar uma zona de conforto, a buscar uma estabilidade que possibilite acalmar nossa vida. O problema é quando esta calmaria nos acomoda ao ponto de nos paralisar.
Felizmente, apesar da nossa busca pela zona de conforto, somos seres com enorme condição de mudança. Somos como um rio, que renova suas águas constantemente. As águas que você vê no rio hoje, amanhã não são mais as mesmas porque o rio está em constante mudança. Assim também somos (ou precisamos ser).
O ser humano que se acomoda não evolui. O ser humano que se acomoda não aprende. E se não evolui e nem aprende se torna escravo de uma condição. É a "síndrome de Gabriela": eu nasci assim, eu cresci assim, serei sempre assim...
Mudar a si mesmo. Transformar-se. Tornar-se melhor do que ontem ou, simplesmente, mudar para se adaptar a uma nova realidade ou para escrever um novo caminho dali para frente... É o que a filosofia costuma chamar de devir.
Devir é um processo constante de mudança e transformação pelo qual algo ou alguém passa, que é capaz de mudar a si mesmo e, muitas vezes, também o que está a sua volta. A mudança algumas vezes depende de nossa vontade de querer mudar. Outras vezes, a mudança é imposta pela vida sem opção de escolha. Ela simplesmente acontece. Se a vida muda, você é obrigado a adaptar-se a ela e precisa mudar a si próprio também. É uma mudança necessária e cujos passos de transformação podem ser tão longos quanto o tamanho da mudança.
Então, não podemos temer a mudança e nem ficar preso a uma zona de conforto. Mudar é essencial para evoluirmos, para sermos melhores ou alcançarmos o que desejamos. Não tenha medo de mudar. Devir é uma necessidade para nossa felicidade.